sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

ela não era de ninguém

não era para existir. embora programada. bem amada. educada. exigida. não devia existir. nunca suportou o peso dos seus ossos. agora até os músculos retraídos a machucavam. nunca aceitou o que escolheu. sempre amou o que não teve. tudo era vazio. cansava-se de recomeçar. seus dias de fênix acabaram-se. não tentava mais. não bebia mais. não sorria mais. não beijava mais. não abraçava mais. as mesmas músicas não param de tocar. acreditou um dia. hoje não mais. eperou um dia. hoje não mais. não era para você se materializar. nunca devia ter saído dos meus sonhos. não devia ter dito aquilo. não devia ter procurado. desejos dela. não deviam ser atendidos.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Oh James, you broke me I thought I knew you well

acordei sentindo a poeira no meu esôfago. a mesma daqueles dias. dias de procura. dias de angústia. dias que nunca passam. a mais bela montanha. restam lembranças. das coisas suas que eu nunca ví. um chá para resistência. o tapete azul marinho com luzes de vagalume. ainda tenho lembranças dos braços que nunca ví. sorrisos solitários partidos distantes. memórias inexistentes. esperas. esperas. esperas. para! escolhas erradas. restam lembranças. amava aqueles pensamentos. amava a solidão. 2010 não chega ao fim. 2011 nunca irá começar. não era você mais uma vez. pensei que o conhecia bem.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

you are always on my head

my favorite hell
my favorite hell
my favorite hell
my favorite hell
my favorite hell
my favorite hell
my favorite hell
my favorite hell
my favorite hell
my favorite hell
my favorite hell
my favorite hell
my favorite hell
my favorite hell
my favorite hell
my favorite hell

there is

sábado, 18 de dezembro de 2010

2011

my favorite hell

sonhei com você. e não foi hoje. e não foi ontem. e não foi semana passada. o tempo passou e eu cheguei a pensar que você não existia. desisti de todos. chorei demais até me conformar que eu não merecia mesmo. então você aparece. volta para o lugar que sempre foi seu. agora não sei mais se estou aqui ou aí. agora não sei mais se estou acordada ou sonhando.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

2010

ah esse ano que não passa! ah esse dia que não chega! e eu ainda espero o hecatombe que vai mudar o eixo da terra e mesclar os continentes.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

eu vou sumir mais

1. o que foi então?
2. de minha parte nada. estou com sono. vou dormir.
1. então não vem mais?
2. passagem paga, hotel reservado. certo que irei! agora se você ainda quer me ver, é outra história.
1. entendi. então, outra vida, gatos.
2. é. hoje não foi um bom dia.

o terceiro mundo vai acabar! quem estiver de sapato não sobra!

às vezes eu duvido se vale essa atenção. e não entendo mais nada. não chego a nada. para quem espera demais, até que estou no lucro. para quem sonha demais, tenho realizado algumas coisas. ontem eu resolvi desistir de novo. já coloquei meus sapatos, quero sumir junto com o terceiro mundo.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

slow motion

às vezes a imagem congela e eu fico admirando você. e eu me sinto infantil. e eu até fico tímida. e eu conto os dias para que esse ano passe.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

abismo

meu esôfago queima. minha lingua derrete e eu não consigo falar. meu chackra arde como nos dias de Angélica. não penso em nada. vejo apenas um fundo infinito monocromático. meus braços não respondem aos comandos. não consigo mostrar os meus dentes hoje. quero apenas as paredes infinitas. na minha cabeça toca "os pássaros". não faz mais diferença nenhuma. a salada de fruta está azeda. não suporto esse cheiro de perfume. o céu se rasgou sobre a minha cabeça. eu estou na contra-mão da sua vida. a cada abraço errado a solidão aumenta. a cada beijo mentido eu acredito menos em mim. não aceito o que escolhi. não escolho mais ninguém.

domingo, 5 de dezembro de 2010

trilha perfeita para não existir

não. não era sua voz ao telefone. não. você não pediu para que eu ficasse. não. você não comentou sobre o meu sorriso. não. você não tem saudade do meu abraço. não. você não viu o meu cabelo. não. não entende a solidão. não. não sabe que eu existo. não. não procura as minhas mãos. não. não deseja a minha boca. não. não entende o quanto eu choro. não. não entende porque eu choro

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

vórtex

em um lugar muito distante. onde os carros eram antigos. onde a cidade era moderna. onde não existia sistema de governo. onde se dançava rock. onde não precisava tocar em ninguem. nesse lugar morava o inexistente.
em um lugar muito distante. onde os dias eram em arte sequencial. onde as pessoas se comunicavam com o pensamento. onde os desejos fantásticos eram atendidos. onde os peregrinos solitários se encontravam. onde se acreditava no amor. nesse lugar morava a insistente.
o inexistente nunca encontrou a insistente. mas ela insistia em procurar. ela insistia em imaginar em seu mundo editado. nesse mundo onde ela era a heroína fabulosa. nesse mundo onde os corpos não tinham formas. nesse mundo onde a alma não envelhecia.



insistente não entende porque merece. insistente não entende porque não merece.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

gosto mesmo de você

o rapaz do cajado árabe me visita toda noite. as vezes eu sinto o seu abraço me apertando até que eu começo a sorrir. me encolho e fico menor. sinto sua respiração tão perto e sincronizo com a minha. seus dentes arranham meu pescoço e gargalhadas simultâneas ditam o ritmo. palavras de duplo sentido e piadas sem nexo. os olhos dilatados se encontram em tom de ressaca.

eu o criei e não quero matá-lo.

talvez ele esteja materializado por aí.
talvez me sinta também.
não sei, a curiosidade e a vontade perduram ainda e eu quase desisto.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

realidade ou desejo incerto.

estou de volta a janela.
olhando lá pra fora tudo continua intacto.
aqui dentro, já não mais.
os olhares mudaram, a tristeza continua.
a intenção tímida de pecar contra a própria espera.
a mesma música não para de tocar.
o rosto continua enrubecido e ainda quero ir embora.
peregrinos solitários.
parados ficam.
sem resposta permanecem.
just, don´t leave.
don´t leave.
but i´m just killing time.
.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

enquanto eu ouvia 'enjoy the silencee'

inexistente. ela sabia apenas um codinome ou pseudônimo inexistente. nada contra o fato, a menos que o quisesse encontrar. se fazia necessário saber um pouco mais.
inexistente. existiu sempre em seus sonhos melodramáticos. em suas tardes outonais. nas sobras dos abraços. nos beijos vazios de uma noite embriagada. no fundo da xícara de cappucino. na pupila dilatada.
inexistente ele existiu. inexistente ela insistiu. inexistente assina comentários de datas recentes. emite protocolos. faz presença em ambientes.
ouve música.
pula.
para!
e não pensa nela.
a existente.
.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

sovinas pouco intempestivos II

Ele não imaginava conhece-la. Havia planejado sua vida completamente solitário. A cinco anos que explorava o mundo a sua maneira, sem dividir sensações, pensamentos, um prato de comida ou um copo d`água. Não queria filhos. Não se importava com a solidão.

Ela era assim: suas emoções eram maiores que seu biotipo, seus sentidos eram aguçados demais, seus desejos eram distorcidos e monocromáticos, seus sonhos eram intensamente felizes, suas realizações eram demoradas porém apoteóticas e sempre, sempre esperava demais.

a música. o cinema. a mochila. o biotipo. o inconformismo conformado. a expressão. o toque. a lingua. o paladar. os braços. abraços. o ar. a comida. a literatura.

E um encontro.

E um encanto.

E outro encontro.

E o desencanto.

Ele não a planejou. Ela quiz ele. Ele tem medo dela. Ela passaria frio por ele.

Agora ela retorna para a busca utópica dos sonhos de Angélica e a certeza da existencia do Rapaz com o cajado árabe.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

sovinas pouco intempestivos

Não, nada ainda.
Nada?
Nada ainda.
Então fica pra depois, uma outra hora, um outro dia, um outro mês.

E eu que sempre esperei tanto que me acostumei com isso.
Agora não quero mais.

sábado, 25 de setembro de 2010

Billie Holiday is singing to me again

quase que posso ver seus olhos através do acrílico
e eu não sei o motivo, não sei qual a reação quimica
sei apenas a música

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

chances

eu ... mudando novamente
se não mudasse não seria eu
apesar da redundância é bem isso mesmo

entrei no período nouvelle vague
muita observação
muita edição
coisas em preto e branco

colagens surrealistas do cão andaluz
isso é bem camila
porque é o ano de camila
e se eu não quiser, eu simplesmente não o farei
simples assim

eu sou mestre doutor phd
eu te digo grande bosta se você não usa o seu raciocínio lógico
a história foi deixada por quem chegou primeiro
a predileção vem daí e eu não discuto mais o absolutismo
porque nada é absoluto

tudo depende do que a ante até após com contra de desde para perante por sem sob sobre trás!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

odeio quando não me conhecem!
não generalizando, pois por encrença que parível, até que sou um pouco racional.
mas, onde constumo ficar oito horas das vinte e quatro do meu dia, a única coisa que peço é que me conheçam.

já rasguei meu RG.
já rasguei minha carteira de trabalho.
declarei minha repúdia pela legislação, apesar de entende-la.
e o que mais me falta?

ele me disse para não escrever, pois o que está escrito se torna documento.
ou arma letal.
pelo possibilidade de ser usada contra mim.

ainda assim.
minha mente está em paz.
ele é tão fácil.
ele é tão fraco.
suas necessidades de auto afirmação tentando mostrar para o mundo que é o rei.

pequeno mouro com seu manto vermelho, seu cajado de ouro e sua coroa de diamantes.
mal sabe ele, que vive um teatro de mentiras.
triste mouro que nunca experimentou a felicidade.
que subverte as atitudes e comportamentos humanos.
que perde sempre um pouco mais a cor da sua aura.

entre o reinado do zé e as montanhas do centurião, optei por ficar com a bellezza inteligente.
que agora faz o melhor estudo que o homem já inventou.
o estudo sobre ela.

terça-feira, 1 de junho de 2010

alice sleeps

and now she is here, sleeping on my arms!
there´s no money that can by this feeling!

gourgeus lady flying on her inocent days!
with a great big rabbit runnig on the yard!
she doesn´t know how tal she is...
her box is a world, the most confortable world...

again, she flyes on her shadows

just sleeping on my arms!

sweet alice, how i need you!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Agora não, mais tarde!

Somos diferentes, muito diferentes.
Apesar das aparencias mentais e filosóficas, somos diferentes.
Relutantemente eu tento mudar, inovar e criar, mas não me deixa!
Óh vã cobiça! (a minha)

observação mediocre de fim de texto: tereza e ingrid não me deixam terminar!
meu deus, caí no vício da felicidade pseudo-necessária.

esse texto terá um meio e fim, i promisse!

Thom Yorke no Spaceghost

sexta-feira, 9 de abril de 2010

domingo, 28 de março de 2010

daile freakiiiii news!

what was that?
fuck! fuck! Fuck!
i can´t say nothing than dirty words.
it´s about life, meeting, and getting happy!
me? happy as a bird?
LOL!
LOL!
LOL!
you know, a few years ago, if someone just had told me that one day i would be happy as a bird a had sad: wake up! you are a single jerk!
but now, i may say: you´re totaly right!

gosh, it´s strange thinking about future without doubts.

just living to see.

quinta-feira, 18 de março de 2010

sábado, 13 de março de 2010

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

wouldn´t it be nice?

muito chato, nossa, como está chato!
não sei mais o que fazer, o que pensar...sei que cansei de novo.
vai ver é um problema comigo.
nossa, mas psicológicamente falando é um problema meu mesmo.
eu que criei essas coisas.

eu preciso de um fim de semana bem aproveitado.
mas já vivi tempos onde a semana era uma delícia.
bons tempos...tempos que sempre dei valor!

outro dia eu estava pensando: é carma.
sim o carma é meu, porque parece um ciclo, uma repetição.
enquanto eu não resolver, seja lá o que for, eu não vou conseguir parar com esse ciclo maldito.

meu deus, me tira daqui!
eu quero voltar a ser feliz, muito feliz, absurdamente feliz...da maneira que sempre fui.
quero a minha identidade de volta.
estou farta dessas frescuras submentais.
estou farta dessa caralhice de enjôos.